domingo, 3 de outubro de 2021

PARA COMEMORAR O DIA DAS CRIANÇAS

          LIVROS DE LITERATURA QUE VOCÊ PRECISA LER PARA E COM SUAS CRIANÇAS: 

Conheça o livro infantil "Nós, vovó e os livros" de Maria Aparecida Rita Moreira com ilustrações de Jéssica Maria Policarpo.
O livro infantil que apresenta a mediação de leitura da  "vó Cida com seus netinhos, Davi e Arthur"  e dialoga com a literatura negra.
Para adquirir seu exemplar visite o instagram:  negritismo ou no site editora Cruz e Sousa









O dia da criança se aproxima. Livros são, sem dúvida, uma boa ideia para presentear as crianças que você ama.

Não conhece muitos títulos? Gostaria de algumas sugestões? 

Eu preparei carinhosamente uma lista com sugestões de livros pra você.

É SÓ CLICAR NO NOME DO LIVRO E VOCÊ SERÁ DIRECIONADO PARA UM SITE COM INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO.  


Antonieta

A casa do meu avô

Da minha janela

Kambas para sempre

Caderno sem rimas de Maria

Caderno de rimas do João

Ombela

A caixa de surpresa

Tenta

Amoras

E foi assim que eu e a Escuridão ficamos amigas

O pequeno príncipe preto

O pequeno príncipe preto para pequenos

O Black Power De Akin

Com qual penteado eu vou? 

O mar que banha a Ilha de Goré 

Sulwe

Ynari, a menina das cinco tranças

Nweti e o mar

A menina transparente

Lili, a rainha das escolhas

A dona da festa

De passinho em passinho: Um livro para dançar e sonhar



quarta-feira, 9 de junho de 2021

Dica de leitura

 


A leitura da literatura negra nos auxilia na compreensão sobre nós, sobre a sociedade e sobre diferentes realidades.
A leitura de textos literários nos permite sonhar, nos indignar, sorrir, chorar...
Leia!

terça-feira, 25 de agosto de 2020

                                                        Essa imagem NÃO pode ser reproduzida






"Canto para a Mãe África" é um dos 74 poemas do livro Terra Negra, da escritora e atriz Cristiane Sobral.

A primeira orelha, a contracapa e o prefácio são assinados por Elisa Lucinda. Da primeira orelha, ressalto as seguintes palavras de Elisa Lucinda: "Observai bem, respeitável público leitor, a cadência desta poesia singular que prova com sua feitura nítida o quanto a poesia é interdisciplinar. Falando a partir de sua ilha, de seu manancial rico, de seu observatório é que a poeta ou poetiza nos dá aula de tudo. É a matéria que ainda falta nas salas de aula, nos programas de TV de uma nação que insiste em olhar o seu povo com a mesma antiga e desatualizada miopia da Casa Grande."

Precedendo o prefácio, encontra-se um trecho do livro Vivendo de amor, da escritora americana Bell Hooks.

O prefácio recebe o nome de "A Carta da Terra", e nele Elisa Lucinda tece palavras que não cabem em uma resenha, precisam ser lidas, exploradas e sentidas, pois enunciam o que está por vir nos poemas de Sobral. Transcreverei apenas um pedacinho dessas palavras, tecidas por Elisa Lucinda “Sou cria da poesia e foi ela quem muito cedo, formatou minha subjetividade e me ofereceu esse destino. Por isso escrevo numa tarde em que Terra negra fez do meu coração território. Sabedora de seu poder, mas sem alardeá-lo na obviedade, Crisitiane Sobral nos desnuda com uma poesia cheia de personalidade, cores, aromas, densos enredos e escreve como tribo. Conhecedora. Caminha sem solidão porque traz as hordas dos povos em diáspora inebriados e entrelaçados em sua narrativa ética, estética e caudalosa.”

Se ela se inebria pela escrita dos poemas que fazem parte desse livro, o mesmo aconteceu comigo. São poemas longos, curtos, deliciosos (não vou utilizar a teoria literária para descrevê-los, mas a emoção).

O livro Terra Negra traz poemas banhados de ancestralidade, tal como o que apresento aqui, e nos quais ainda posso citar "Águas de cura" (p. 84), "Pretei" (p.72), "Quem sou eu" (p.62). Denúncia, podemos encontrar nos poemas: "Além da cor" (p. 91), "Traumatismo social" (p. 95), "Navio Negreiro - Atenção não é a Disney" (p. 97), "A serviço do capital" (p.81).

A leitura desse livro possibilita encontros (e, quem sabe, para alguns, desencontros e reflexão). Um livro para os que se dizem antirracistas experienciarem. Um livro onde poemas "negro-brasileiros” desfilam, escorrem, dando-nos (enquanto negras) um lugar de pertença e permitindo a todes (chamo atenção, principalmente, aos que a melanina não marcou com as dores do passado) que se instalam no universo antirracista a possibilidade de atentar sobre seus privilégios e perceber o quanto cada poema tem a dizer e a contribuir para a desconstrução de paradigmas e estereótipos de nossa sociedade.

Este é o livro: SOBRAL, Cristiane. Terra Negra. Rio de Janeiro: Malê, 2017.

 

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

1. Você já ouviu falar nas Amazonas do Daomè? No site https://www.geledes.org.br/amazonas-de-daome-as-mulheres-mais-temidas-do-mundo/, encontraremos a imagem do exército de mulheres do filme Pantera Negra em reportagem sobre as Amazonas do Daomé. Visite o site e descubra porquê. (Se você não assistiu filme, fica a dica!

2. Converse com seu professor de história sobre Tumbuctu. (Para professores de outras disciplinas, sugiro um projeto interdisciplinar sobre Tumbuctu, império Ashanti, reino do Daomé e os instrumentos musicais citados pelo poema.)



quinta-feira, 23 de julho de 2020

Bonecas? Bonecas negras!

BONECA 
                    Cuti


https://www.cuti.com.br/contoscrespo

O conto "Boneca" é um dos 37 contos do livro Contos Crespos do escritor Cuti. 
O conto narra a história de um pai que deseja dar uma boneca negra de presente de natal para sua filha.
O narrador informa que o pai esteve em várias lojas sem sucesso, mas que se negava a desanimar.
Entra em mais uma loja onde é atendido por "Uma mocinha branca, de ar meigo e aspecto subnutrido,..." que indaga se ele já tinha sido atendido. Ao saber que ele estava procurando por uma boneca, lhe oferece várias bonecas brancas.
O comprador, então, comunica que está procurando por uma boneca negra. Após meia hora, o proprietário da loja diz: "tem sim! (...) procura melhor, (...)". A boneca será encontrada após longa procura. Após pagar o pai sai da loja e contempla "o lindo embrulho de motivações natalinas, em que se destacava o Papai Noel, crianças louras e muita neve."

Cuti, pseudônimo de Luiz Silva, mestre em teoria literária e doutor em literatura brasileira, é escritor, pesquisador e um dos fundadores e membro do Quilombhoje-literatura e um dos criadores e mantenedores dos Cadernos Negros. Ele cunha a expressão Literatura Negro-brasileira para se referir a escrita literária feita por negras e negros brasileiros.
Alguns de seus trabalhos:
Sanga (poemas, 2002); Negroesia (poemas 2007), Contos Crespos (contos, 2008), Literatura negro-brasileira (2010, Coleção Consciência em Debate), entre outras
A relação completa de seus escritos, bem como alguns poemas e o conto "Boneca" podem ser encontrados em seu site
https://www.cuti.com.br/


O conto boneca foi analisado por mim em minha tese de doutorado. Foi um dos contos repassados às professoras e professores em formação a distância em 2012.
A análise e algumas percepções dos cursistas podem ser encontradas em minha tese 
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/123406/327438.pdf?sequence=1&isAllowed=y


Sugestão de atividade

1. Leia o conto com as/os estudantes.
2. Convide algumas/alguns estudantes para encenar o conto.
3. Converse sobre a presença/ausência de bonecas negra em lojas que as/os estudantes frequentem.
4. Solicite que, em grupos ou individualmente, mapeiem as lojas que vendem bonecas e completem o quadro abaixo:

5. Depois da pesquisa feita, montar um quadro em papel pardo com as lojas pesquisadas e os números de bonecas negras e bonecas brancas. 
Conversar com as/os estudantes. É possível fazer gráficos comparativos.

terça-feira, 16 de junho de 2020

Refletindo sobre o genocídio da juventude negra

Olá.
Hoje quero chamar para uma reflexão sobre o Racismo.
Racismo que machuca,
que fere,
que mata!
Reflitam a partir do Poema de Solano Trindade,               "Civilização Branca"



https://www.youtube.com/watch?v=mC_vrzqYfQc


sábado, 30 de maio de 2020

Tainá, a guardiã das flores - história para crianças escrita por Ayna Sobral, uma menina.

Tainá
Tainá, a guardiã das Flores
é uma narrativa escrita por uma menina e sua mãe, Ayana Sobral e Cristiane Sobral. O livro conta a história de Tainá Raí, filha de Sei Raí e Fenice Raí, menina de oito anos de idade. Tainá tinha flores em seu quinta, conversava com elas e amava a natureza. 
Tainá observa que as flores estavam morrendo porque as pessoas as arrancavam. Para salvar as plantas, ela resolve plantar mudas e cuidar com carinho das mudinhas. Para Tainá, o mundo sem flores não era belo, as flores deixavam o ar limpinho.
O pai de Tainá, seu Sei Raí, contava histórias pra Tainá, falava sobre a diversidade das flores.
Tainá cresce e se torna proprietária de um floricultura.







Referências:
SOBRAL, Ayana; SOBRAL, Cristiane. Tainá a guardiã das flores. Ed. Avá. Brasília. 2018



terça-feira, 19 de maio de 2020

Poema de Cristiane Sobral







Cristiane Sobral, carioca, é escritora, arte educadora, atriz.
Conheci os textos de Cristiane no Caderno Negro.Sua escrita me impressionou. 
A biografia da escritora, no site Literafro, lembra que "a partir de 2000, Sobral inicia sua participação na publicação coletiva Cadernos Negros, a partir do volume 23" 
Sua primeira publicação individual aconteceu em 2010, intitulada, Não vou mais lavar os pratos.
SOBRAL, Cristiane. Retina Negra. In SOBRAL, Cristiane. Só por hoje vou deixar o meu cabelo em paz. Brasília, 2016
COMPRA: com a escritora (Produção independente)

PENSANDO O POEMA:

Reflita e comente os versos abaixo
a) Recuso diariamente o espelho/ Que tenta me massacrar por dentro
b) Empino o black sem problema

Qual o verso que se repete na primeira, segunda e terceira estrofes? 

Qual o verso que mais te chamou atenção? Por quê?

Escolha um verso ou estrofe e desenhe.