sábado, 18 de outubro de 2008

PERSONAGENS NEGROS(AS) QUE VALE A PENA CONHECER

Gostaria de socializar alguns persnogens negros(as) que são citados(as) nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, págine 13. ANOTEM E PROCURE CONHECER A BIOGRAFIA DAQUELES QUE VOCÊ NÃO CONHECE:
Zumbi, Luiza Nahim, Aleijadinho, Padre Maurício, Luiz Gama, Cruz e Souza, João Cândido, André Rebouças, Teodoro Sampaio, José Correia Leite, Solano Trindade, Antonieta de Barros, Edison Carneiro, Lélia Gonzáles, Beatriz Nascimento, Milton Santos, Guerreiro Ramos, Clóvis Moura, Abdias do Nascimento, Henrique Antunes Cunha, Tereza Santos, Emmanuel Araújo, Cuti, Alzira Rufino, Inaicyra Falcão dos Santos, entre outros).

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

História infanto-juvenil que eu recomendo

Eu recomendo:
Da Costa do Ouro de Raimundo Matos Leão - Traz os preconceitos e as
diferenças entre as religiões. A história se passa no xéculo XIX e vai
apresentar o namora de Fortunato, um jovem malê, povo africano
praticante da religião mulçumana, com Mariana, que segue a religião do
candomblé. Amor, conflitos da revolta dos malês e conflitos religiosos
são o foco desta interessante história.
As Tranças de Bintou de Sylviane A. Diouf - traz as tranças
contextualizadas na cultura africana. Ótima história para repensarmos
as relações do cabelo com as tradições de algumas etnias africanas.
Tentem encontrar estas histórias e LEIA...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

SUGESTÃO DE TEATRO

CONHECENDO NOSSA HISTÓRIA: Da África ao dias de hoje

Cena 1:

Narrador: Há muitos, muitos séculos atrás, na África

(Um grupo de negros sendo acorrentados)

Levem estes escravos para o navio.

  • Interrupção (imagem congelada)

Personagem 1: a história não é bem essa.

Primeiro – Não devemos associar a palavra escravo à África.

Os negros não eram escravos na África. Não relacione NUNCA a palavra escravos a negros.

Personagem 2: Sempre que falam de escravo, lembro-me de negros e chicotes...

Eles não foram vendidos como escravos?

Personagem 4: De acordo com Afrânio Garcia da UERJ

Devemos ter uma visão mais ampla do problema da escravidão. A escravidão era uma prática aceita, assim como a guerra. A escravidão se estendeu durante toda a antiguidade era basicamente uma escravidão de homens brancos. A palavra escravo é oriunda d palavra slavu que significa eslavo, um povo que vivia nas fronteiras do Império Romano e era frequentemente capturado para servir de escravo.

Personagem 1: Os negros viviam livres na África.

Personagem 5: De acordo com Kabengele Munanga

Persongem 7: Macamba

Personagem 1: não Munanga. Ele foi o primeiro antropólogo do Congo, antiga república do Zaire.

Personagem 4: Hoje ele é o professor titular do departamento de Antropologia da USP .

Personagem 7: mas o que você ia dizer a respeito dele?

Personagem 5: Ele diz que, que a escravidão deve ser vista como algo desumanizante e nunca como algo natural. O homem nasce livre até que alguém o escravize. Segundo ele, o próprio conceito está errado. O correto é "escravizado", não "escravo".

Personagem 1: Ele diz também que, o conceito de "escravo" vem de outra visão de mundo, diferente da africana. Na África existia a categoria cativo, “que eram prisioneiros de guerra ou pessoas que cometiam algum delito na sociedade e eram levadas por outros grupos étnicos.” Na áfrica não existia um escravismo como sistema de produção, uma vez que não era uma sociedade capitalista.

Personagem 2: Fale-me mais sobre a África!

Personagem 1: É, realmente é hora de conhecer um pouco da África

(Entra um jovem com o mapa da África)

Personagem 4: Olhe! PAÍSES AFRICANOS

O continente africano, apresenta seus 30.272.922 km² divididos em 53 nações.

Personagem 4: e tem os que ainda insistem em resumir um continente tão grande, tão cheio de diversidades, com milhares de etnias em povo africano.

Personagem 1: o que você conhece da África. (olhando para o público) e vocês? O que conhecem da África.

Personagem 3: Eu sempre lembro de gente magra, animais selvagens, safári...

Personagem 2: É, os meios de comunicação de massa mostram quase exclusivamente histórias sobre os problemas da África, como guerras civis, endemias, calamidades naturais, fome, Aids...

Personagem 1: Ninguém se dá conta de que a humanidade nasceu na África e grandes civilizações que marcaram a história, como a egípcia, pertencem à África negra. Ninguém imagina, na África, países que possuem cidades do tamanho de São Paulo.

Personagem 2: Verdade???

Personagem 4: Poderíamos falar horas sobre a África. Poderíamos lembrar que ela é considerada o berço da humanidade.

Personagem 1: Poderíamos lembrar que seus povos tinham conhecimento de medicina, anterior a Hipócrates, que é considerado o pai da medicina.

Personagem 2: Mas todos dizem que os negros não eram inteligentes...

Personagem 4: Poderíamos falar horas e horas sobre a cultura africana, que os estudos tem demonstrado como os povos africanos desenvolveram sistemas de escrita de altos conhecimentos na astronomia, na matemática, na agricultura, na navegação, na metalurgia , na arquitetura e na engenharia.

Personagem 1: Isso muitos séculos atrás, antes dos coloonizadores chegarem a África.

Personagem 3: Puxaaaa e nós pensando que os povos africanos eram ignorantes.

Personagem 2: Culpa da mídia que insiste em nos mostrar apenas os problemas da África, nunca nos falaram sobre isso.

Personagem 4: É preciso incluir a civilização africana entre as grandes civilizações do mundo.

Persongens 2, 3, 7: é mesmo (saindo todos)

Narrador: E agora com vocês trazendo a África para o Brasil o nosso grupo de danças.

(Apresentação de uma dança africna)

Parte 2:

O Mês de novembro tem significação especial para o povo negro brasileiro. É o mês que o Movimento Negro consagrou como o mês da consciência negra. Nesse mês, relembramos o Herói Negro Zumbi dos Palmares, sobre quem, por mais que se fale muito há a dizer, tal a sua importância para a auto-estima de nosso povo. Zumbi, o Herói sem preconceitos, instruído, preocupado com o bem estar não apenas do povo negro mas de todos os oprimidos do Brasil daquela época, abrigou em seu reino negros, índios e brancos desvalidos. Ainda falta um grande bardo que cante com propriedade esse grande homem, grande líder político, grande estrategista, grande herói.

Canto das três raças (clara nunes)

Chegada dos negros no Brasil

Narrador: Vinham de toda parte. Negros que reclamavam sua liberdade. Brancos pobres, marginalizados, índios.

Encontravam-se.

Diferentes, mas certos de que eram importantes, que mereciam reconhecimento, que tinham direito a liberdade e a felicidade.

(ENTRAM DANÇANDO música e dança)

Eles formavam os QUILOMBOS

Personagem 1: Porque quando falam dos negros não falam dos quilombos?

Personagem 2: Acho que por medo.

Personagem 1: você sabe o que significa a palavra quilombo.

Personagem 3: olhe o que você está vendo.

Personagem 1: uma grupo de pessoas reunidos.

Personagem 3: a palavra quilombo e mocambo “para a maioria das línguas bantu da África Central e Centro ocidental significa acampamento”.

Personagem 3: Vocês conhecem a história dos quilombos no Brasil?

Personagens 1 e 2: Não

Personagem 2: e você conhece?

Personagem 3: Já li a respeito.

Personagem 1: conte um pouco pra nós.

Personagem 3: Vou ler um pouco da história pra vocês. Prestem atenção e tentem visualizar os acontecimentos. (encenação durante a leitura) Durante o século XVI a XIX foi possível perceber as manifestações de revolta da população escrava contra a situação imposta aos mesmos longe de sua pátria. Destas revoltas surgiram as comunidades de fugitivos que receberam denominações diversas na América do Sul, ficando conhecidas no Brasil primeiramente por mocambos e, posteriormente por quilombos.

Dentre os vários quilombos que se formaram no período entre XVI a XIX, o de maior visibilidade (considerado pela sua importância, dimensão e impacto político) foi Palmares. Quilombo dos Palmares se localizava em Alagoas, na antiga capitania de Pernambuco. Em meados do Século XVII, Palmares possuía uma população de mais de 20 mil pessoas.

Personagem 2: Quem é aquele que está falando?

Personagem 3: Aquele é Ganga Zumba, ele foi o grande líder do quilombo de Palmares, que aparece como uma organização político, econômica e militar bastante forte.

Personagem: Escutem ele está dizendo alguma coisa.

Canga Zumba: Resolvi aceitar a proposta de paz feita pelo governador, ele nos promete terras e devolução de alguns prisioneiros feitos pelas tropas portuguesas.

Zumbi: Não concordo. Somos fortes, temos aqui vários quilombos, nós os palmarinos, podemos combater, não concordo que nos rendamos.

(começa uma discussão, vários falando)

Personagem 1: O quilombo do Palmares não era apenas um quilombo.

Personagem 3: Encontramos dados de pelo menos oito aldeias, era como um estado, cuja capital denominava-se Macacos.

Personagem 2: Mas ali podemos ver brancos, não eram apenas escravos que viviam nos quilombos?

Personagem 3: Aqui, neste texto de Luiz Nogueira encontramos que a região pertencia aos índios Kariris. Tanto que, o quilombo não era composto apenas por negros fugidos, mas também por índios, brancos pobres e comerciantes que não tinham poder de competição nos centros de maiores negócios, negócios de maiores vultos.

Personagem 2: Ouçam

Canga Zumba: Silêncio, todos. Vamos descansar. Amanhã voltaremos a conversar.

(saem todos)

Personagem 1: Neste texto diz o que acontece com Ganga Zumba?

Personagem 3: Ele morre e Zumbi assume a liderança do Quilombo dos Palmares.

Personagem 2: e o que acontece com Zumbi?

Persoangem 3: Temos 2 versões:

(Dramatizada)História oficial: os quilombolas foram combatidos tanto pelos holandeses (primeiros a combatê-los) quanto pelo governo de Pernambuco, sendo que este último contou com os ser­viços do bandeirante Domingos Jorge Velho. A luta contra os negros de Palmares durou por volta de cinco anos; contudo, apesar de todo o empenho e determinação dos negros chefiados por Zumbi e eles foram derrotados

Personagem 1: E Zumbi? O que aconteceu com ele?

Personagem 3: Temos também duas versões.

Personagem 2: Quais?

Persoangem 3: a primeira é que Zumbi foi traído por traído por um companheiro de lutas, de nome Antonio Soarez, a 20 de novembro de 1695 degolado e seu corpo foi espetado em praça pública do Recife, por decisão de André Furtado de Mendonça.

Personagem 1: Qual a outra versão?

(entra Zumbi)

Zumbi: Esta eu mesmo conto:

Até agora contamos os traços históricos anotados para o fim do Quilombo dos Palmares, tidos como corretamente possíveis. Mas convém lembrar que a historia está sendo contada a partir da visão dos colonizadores portugueses e holandeses podem, mesmo por conveniência, não haverem liberados todos os seus documentos sobre a origem e destruição da organização negra que mais deu trabalho e prejuízo para eles, até mesmo porque, potências que eram, ficariam historicamente envergonhadas, pelas suas incapacidades militares, não foram cinco anos foi quase um século de lutas, e o pior, marcado pelas atrocidades cometidas contra os negros brasileiros, aqui escravos, e na África homens livres, príncipes, reis. Será mesmo que eu, Zumbi morri desta forma.

Personagem 4: (vestido com roupa africana) Começa, aqui, o mito de Zumbi. As dúvidas e repetições da história estarão sempre presentes. As perversidades dos colonizadores são as mesmas em toda a história.

Entram em silêncio um grupo de 7 pessoas – se abaixam – levantam um de cada vez.

Nós brasileiros, independentemente de nossa etnia, saudamos o dia 20 de novembro,

Dia que representa a organização política dos negros, sua garra, sua resistência, sua voz contra a opressão, seu desejo de ser livre.

E ao mesmo tempo, concordamos que o dia 13 de maio, seja um dia de protestos, pois lembra

O dia em que, não por vergonha de terem humilhado cidadãos africanos livres, mas forçados pela Inglaterra, nosso país, liberta e abandona àqueles que durante anos ajudaram o crescimento da nossa terra.

Reconhecemos, o dia 20 de novembro como dia do resgate da história e da cultura da África ,

E desejamos firmemente que esta história e esta cultura, sejam reconhecidas como parte da história do Brasil ]

Mas que reconhecida desejamos que seja valorizada por todos os verdadeiros cidadãos brasileiros.

Sorriso negro

PODE SER USADO DESDE QUE OS CRÉDITOS DO ROTEIRO SEJAM DADOS AO AUTOR.

ROTEIRO DE MARIA APARECIDA RITA MOREIRA

Discriminação Racial

Você já vivenciou, presenciou alguma situação de discriminação racial?
Algum(a) aluno(a) seu já confidenciou ter vivido alguma situação de discriminação racial?

KAABO; BEM VINDO WELCOME

É com alegria que inicio hoe este blog com intuito de discutir as questões étnico-raciais. Um blog com a pretensão de discutir com meus amigos(as) professores(as), com futuros amigos(as) que possam se interessar por esta temática.
A todos que pensam como Nelson Mandela

Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.

KAABO; BEM VINDO; WELCOME