domingo, 5 de julho de 2009

Quero trazer para este blog duas partes de um texto de Kabengele Munanga(Munanga, Kabengele. Apresentação. IN Munanga, Kabengel (org) Superando o Racismo na escola. MEC. SECAD, 2005).
A idéia principal destas duas partes do texto é lembrar o nosso compromisso com a desconstrução dos estereótipos nos espaços que frequentamos:
- " O resgate da memória coletiva e da história da comunidade negra não interessa apenas aos alunos de ascendência negra. Interessa também aos alunos de outras ascendências étnicas, principalmente branca, pois ao receber uma educação envenenada pelos preconceitos, eles também tiveram suas estruturas psquícas afetadas."
A segunda parte do texto apresenta uma introdução que nos lembra que precisamos admitir que a nossa sociedade é racista e preconceituosa.
- " Uma vez cumprida esta condição primordial, que no fundo exige uma transformação radical de nossa estrutura mental herdada do mito da democracia racial, mito segundo o qual no Brasil não existe preconceito étnico-racial e, consequentemente, não existem barreiras sociais baseadas na existência da nossa diversidade étnico e racial, podemos então enfrentar o segundo desafio de como inventar as estratégias educativas e pedagógicas de combate ao racismo."
Fica claro que enquanto negarmos o racismo, enquanto permanecer o discurso de que 'RACISMO NÃO EXISTE' não poderemos combatê-lo e o mito terá caráter de verdade.
Nós, educadores(as) não iremos encontrar receitas prontas para combater o racismo, mas com certeza, podemos criar espaços de discussão, devemos problematizar o qe está colocado como 'brincadeira', podemos tornar visível o que é ignorado, podemos fazer a diferença para que os(as) que são vistos(as) como diferentes possam se sentir iguais.